sexta-feira, 29 de junho de 2007

Literatura

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Nos livros, há um que me faz feliz, que releio regularmente, com o mesmo prazer da primeira vez. Já o apresentei a muita gente, pelo que não será surpresa, mas que não deixo de referenciar. Trata-se de "Três homens num barco (já para não falar do cão)", de Jerome K. Jerome.
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Também posso afirmar que prefiro os autores aos livros, na medida em que alguns autores são "produtores" de mais do que uma obra-prima.
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Sempre preferi a literatura estrangeira à portuguesa, o que me tem trazido alguns dissabores nas saudáveis discussões que vou tendo com Professores de Português que me oferece(ra)m a sua amizade. Não significa que não aprecie alguns (Eça e Torga são exemplos muito bons), mas fui "formatado" pelos americanos, quando comecei a ler (ou a devorar?) livros, aí pelos meus 10/12 anos.
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Júlio Verne, que recordo com saudade, Mark Twain, Emílio Salgari foram alguns dos autores que mais me marcaram.
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Robert H. Heinlein, na ficção científica, Aghata Christie e A. A. Fair, nos policiais, Hans Helmut Kirst e Sven Essel, nos romances de guerra, foram outros escritores importantes, para mim.
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Mas tenho dois nomes "superiores", nisto das letras:
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Jorge Amado, que deveria ter sido o primeiro escritor em língua portuguesa a receber o Nobel da Literatura, pelo conjunto da obra e, sobretudo, por ter sido um excepcional contador de histórias - o que me impede de destacar um qualquer dos livros que escreveu;
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E John Steinbeck, escritor americano dotado de talento enorme, capaz de produzir uma obra de dimensão mundial e de qualidade excelsa. É dele que extraio o livro que considero o "da minha vida", também pela coragem que Steinbeck teve ao publicá-lo no tempo em que, pela primeira vez, o fez. Refiro-me a "Batalha Incerta", que será mais fabuloso do que outros, por ventura, mais afamados (As vinhas da ira, Ratos e Homens, A um Deus desconhecido ou Viagens com o Charlie).
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Se ainda nada leram de Steinbeck, corram a fazê-lo. Estão a perder algo muito bom. Se já leram alguns dos famosos, mas não "Batalha Incerta", devem colmatar essa falha com brevidade. Se já o fizeram, releiam, e registem que foi publicado no tempo da "caça às bruxas" nos EUA.
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