segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A minha boa acção do ano

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Não sei se fiz já o que era preciso para receber a prenda de Natal.

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Não reencaminhei mails divulgando crianças desaparecidas, ou somando para as que sofrem de doença terminal, ou para mostrar o quanto gosto dos meus amigos. Ouvi dizer que não fazer seguir a pirâmide não era, forçosamente, uma boa acção.

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Não dei em peditório, só para aquela associação de cegos em que a miúda me pediu tempo e só cobrou no final, quando eu já não podia dizer que não. também parece que assim não vale ou, se valer, o facto de eu dizer cegos estraga tudo. Deveria ter dito invisuais (embora me soe a gente sem olhos mais do que a cegos. Enfim.), mas sou doutro tempo ...

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Não fui (nada) simpático com os vendedores por telefone. Tratei-os mal, sem consideração pela nobre profissão que desempenham. Mas também aqui parece que pode ser errado tratar mal quem nos incomoda sistematicamente.

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Acredito mais depressa no Pai Natal que nas promessas dos eleitos. Também aqui parece que não fiz grande coisa!

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Bom, por força desta minha indecisão quanto ao que (não) fiz, vou tratar mal uma tradição que é parva. Não por ser tradição, mas por ser parva. Embora o vídeo não seja uma coisa do outro mundo, serve. Não sendo um fundamentalista, acho que esta tradição deve perder-se nos confins da memória ... escrita.

E tenham um santo e indolor Natal. São desejos sinceros, para garantia da prenda.

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Coisas do tempo ps, perdão, presente

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Tenho uma das minhas afilhadas internada num hospital central, da segunda maior área metropolitana do país. Todos os dias lhe levamos alguma coisa: uma televisão, porque as do hospital não funcionam; papel higiénico, porque não há esse luxuoso bem, regularmente; mais um casaco, umas meias e umas luvas porque (pasme-se!) não há aquecimento, dizem os funcionários que a caldeira não chega ao 5º andar. Ah, para quem precise saber e possa evitar - falo do Hospital Central de Vila Nova de Gaia (o do centro da cidade, não o Santos Silva).
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Portanto e para acabar - pode não haver muito dinheiro, pode ser difícil trabalhar nestas condições, pode até faltar algum amor e carinho - mas não se queixem muito deste Natal, está bem?
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domingo, 7 de dezembro de 2008

Ele há dias ...

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Mesmo em dias cinzentos, húmidos e frios, este rio (Douro), seja no leito, nas suas margens ou no todo, é uma (excepcionalmente bela) força da natureza que (ainda) não conseguimos beliscar!
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O meu rio é Douro

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À sua sombra, feliz, cresci, com a sua cor m'encantei.
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Douro veste o entre-margens, pranteado de raça e lei.
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Quem um dia o beijou entende,
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mesmo à entrada do cabedelo,
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que só prova amor perene
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o que o amarra, sem tê-lo.
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