segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A minha boa acção do ano

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Não sei se fiz já o que era preciso para receber a prenda de Natal.

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Não reencaminhei mails divulgando crianças desaparecidas, ou somando para as que sofrem de doença terminal, ou para mostrar o quanto gosto dos meus amigos. Ouvi dizer que não fazer seguir a pirâmide não era, forçosamente, uma boa acção.

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Não dei em peditório, só para aquela associação de cegos em que a miúda me pediu tempo e só cobrou no final, quando eu já não podia dizer que não. também parece que assim não vale ou, se valer, o facto de eu dizer cegos estraga tudo. Deveria ter dito invisuais (embora me soe a gente sem olhos mais do que a cegos. Enfim.), mas sou doutro tempo ...

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Não fui (nada) simpático com os vendedores por telefone. Tratei-os mal, sem consideração pela nobre profissão que desempenham. Mas também aqui parece que pode ser errado tratar mal quem nos incomoda sistematicamente.

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Acredito mais depressa no Pai Natal que nas promessas dos eleitos. Também aqui parece que não fiz grande coisa!

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Bom, por força desta minha indecisão quanto ao que (não) fiz, vou tratar mal uma tradição que é parva. Não por ser tradição, mas por ser parva. Embora o vídeo não seja uma coisa do outro mundo, serve. Não sendo um fundamentalista, acho que esta tradição deve perder-se nos confins da memória ... escrita.

E tenham um santo e indolor Natal. São desejos sinceros, para garantia da prenda.

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Coisas do tempo ps, perdão, presente

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Tenho uma das minhas afilhadas internada num hospital central, da segunda maior área metropolitana do país. Todos os dias lhe levamos alguma coisa: uma televisão, porque as do hospital não funcionam; papel higiénico, porque não há esse luxuoso bem, regularmente; mais um casaco, umas meias e umas luvas porque (pasme-se!) não há aquecimento, dizem os funcionários que a caldeira não chega ao 5º andar. Ah, para quem precise saber e possa evitar - falo do Hospital Central de Vila Nova de Gaia (o do centro da cidade, não o Santos Silva).
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Portanto e para acabar - pode não haver muito dinheiro, pode ser difícil trabalhar nestas condições, pode até faltar algum amor e carinho - mas não se queixem muito deste Natal, está bem?
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domingo, 7 de dezembro de 2008

Ele há dias ...

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Mesmo em dias cinzentos, húmidos e frios, este rio (Douro), seja no leito, nas suas margens ou no todo, é uma (excepcionalmente bela) força da natureza que (ainda) não conseguimos beliscar!
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O meu rio é Douro

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À sua sombra, feliz, cresci, com a sua cor m'encantei.
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Douro veste o entre-margens, pranteado de raça e lei.
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Quem um dia o beijou entende,
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mesmo à entrada do cabedelo,
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que só prova amor perene
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o que o amarra, sem tê-lo.
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domingo, 30 de novembro de 2008

Para quem ama o desporto .. e a ginástica em particular

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Há uns tempos, coloquei aqui um vídeo duma ginasta que tinha atingido um nível de excepção. Coloquei-a ao lado de Michael Jordan, no topo. Não sei se fui justo. Há outras que merecem destaque. Reparem bem nesta que vos deixo. Se a Nádia se comparava a Jordan, então Olga Korbut estará ao nível de Wilt Chamberlain. E vou ter de procurar quem se assemelhe a Kareem Abdul-Jabbar ...
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Para começar, o tal Wilt. Diz-se que concretizava 199 em 200 lançamentos, nos treinos, porque não gostava de fazer "200 por cento". Era um poste excepcional, que vi, em miúdo, em filme projectado em tela, no clube onde joguei (F. C. de Gaia). No final da sua carreira fez um contrato milionário para jogar ... 5 minutos em cada uma das duas partes que o jogo, então, tinha. Mesmo jogando só este "tempinho", fazia toda a diferença:
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Mas esta Olga, meu Deus, que espanto! Apetece dizer, boa e velha CCCP (ou URSS, como quiserem)!
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Claro que Elvis Costello dá uma boa ajuda, com "She", não?
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mais Haicais

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Os Haicais são poemas de três versos que, no rigor das regras originais, devem ter 17 sílabas, cinco no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro. São reportados no presente e normalmente enquadram, para além dos sentimentos, a natureza nas estações do ano. Aliás, a sua organização básica assenta nas quatro estações, acrescidas do Natal.
Mas é normal e aceitável que estas regras não sejam adoptadas pelos bárbaros estrangeiros, que os tomaram como seus (ou seja, nós, os ocidentais). Importa manter, isso sim, o uso curto da palavra e a estrutura geral.
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Depois de um primeiro assomo, sem transpiração, eis outro, mais trabalhado.
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Todas as noites do ano
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Na longa madrugada,
resta no leito uma confortável quentura.
É a da soma dos corpos.
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Ralos trauteiam canções
que nos embalam no sono dos sonhos,
até o silêncio acordar.
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Leve lençol nos afaga.
O toque mais afasta que demanda
a companhia prezada.
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As castanhas desassossegam
as vontades adormecidas, repousadas, serenas.
Assim Eros se alimenta.
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sábado, 22 de novembro de 2008

Aprendizagens aceleradas

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Provavelmente, o haicai será o único poema que me atrevo a subscrever. Porque é simples e capaz de dizer tudo, em poucas palavras. Aqui vão dois ou três que me/te explicam:
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Exposição
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Como uma instalação,
exposição é o que não era.
No natal, expões-te?
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Tempo frio
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De dia, sob o sol, aqueço.
Mas a noite chega depressa, fria, e
A minha, agora, mora em casa.
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Ter e não ter
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O rio cresce, com a chuva,
como o meu prazer com a tua companhia.
Quando não, secam.
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Poema dedicado
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Escrevo um poema numa tela
Como se sentisse as cores e a textura.
É para ti que o faço.
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São poemas que se podem traduzir. Falam mais de ti que de mim, são do tempo que vivemos, poupam nas palavras e explodem no sentido. São, acima de tudo, adaptáveis.
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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Ah, sabe bem ...

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Que querem, uma vez por outra dá-me esta coisinha ...
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Canta só um pouco melhor que eu, mas cada vez aprecio mais.
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Que saudades, Xico ...

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Neste pequeno vídeo, aparece, como um dos organizadores, um jovem chamado Pako.
Agora é Pako, na altura era o Xico, e foi um Aluno meu. Não sendo brilhante, concluiu o Secundário com alguma facilidade, não deixando de ser manguela em dose considerável.
Tinha um talento inato para uma actividade que abraçou como a sua área de trabalho. A dança, que irradiava por onde passava, vivia em cada poro da sua pele.
Agora, também organiza eventos de solidariedade. Muito bem, Xico!
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Cilquem, arranquem com o vídeo, apreciem e reparem no Pako. Ele merece.
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domingo, 16 de novembro de 2008

Andy Warhol

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Sempre senti Warhol como um artista de excepção, num mundo e num tempo de excepção. Mas só recentemente o comecei a conhecer, com alguma intimidade. Como pessoa e como artista. E vou gostando do que vou descobrindo. Para já, partilho convosco duas das suas obras (sem ser as Marilyns ou os Elvis mais divulgados) que mais me tocaram:
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Auto-Retrato, 1978
Self-Portrait
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Série Retrospectiva, Preto sobre Preto, em Negativo, 1979
Black on Black Retrospective Reversal Series
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Eça

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Revisito, por estes dias, a Cidade e as Serras. Para os amantes, aqui vai um pequeno trecho, que me agrada particularmente:
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"... e um moço de barba cor de milho e mais leve que uma penugem, que se balouçava gracilmente sobre os pés, como uma espiga ao vento. E eu, encalhado contra o piano, esfregava lentamente as mãos, amassando o meu embaraço, quando Madame Verghane se ergueu do sofá onde conversava com um velho (...), e avançou, deslizou no tapete, pequena e nédia, na sua copiosa cauda de veludo verde-escuro."
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Se não gostaram, paciência. Eu adoro.
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sábado, 8 de novembro de 2008

Evitemos o exagero

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Porque o que é demais é moléstia, ou porque todos os excessos fazem mal, ou algo do género, volto à música. Para começar, uma actual, que fica bem em qualquer lado, em qualquer altura:
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Esta música deve ser apreciada com um bom texto e uma bebida forte, temperada com marmelada e nozes. Se não tens, vai a caminho.
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Mas voltarei ao casal das letras, prometo.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A obra desvendada

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Na tela branca, um traço, um fio, moldou
um retrato do que sinto, amo e sou.
O lugar, quente e privado, flutua no cordame.
Reflexos de luzes, no espelho líquido ondulado,
dobram a quietude, em grande cumplicidade.
Tabuleiro, arco, pilar. Colina que se esconde
nas sombras da hora tardia. É aí, no cais onde
tudo aconteceu. Feliz, pintei. Eis a verdade!
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Dama Teresa de Carvalhais
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O despertar da perda

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Vem a noite, sorrateira, vem cansada.
Vem a noiva, um polícia, um gato negro,
cada um por sua vez, como num quadro
desenhado por mão leve e repousada.
Nuvens deslizam, desmaiadas e barrentas
na luz cálida, sensatamente calada
que se move como as vidas, curtas, lentas,
numa curva da avenida larga e fechada.
As paredes, descoradas, são tristezas
que aí estão, sem apelo. Já as mesas,
que pontilham as praças deslumbrantes,
São esgares de pontadas lancinantes.
No negro colorido do sofrido querer
que a alma arrasta neste mundo de perder,
todos se sentem assim, quase a morrer.
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Mestre Carvalho Negral....

sábado, 1 de novembro de 2008

Outro, que trago. Seleccionado, neste tempo.

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Diálogo dos sentidos
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Numa onda de emoções naufraguei, sentida,
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Na estonteante e certeira chicotada. M’enlevo,
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Quebrada. Quero muito, aspiro tanto, dividida.
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Oh sereno, seguro, suportável porto. Devo?
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Tu, se conheces as virtudes certas, sussurra
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Uma resposta, uma certeza. Sopra, murmura.
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Nada se compara, se afirma. Nada se diz, falando.
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Dividida, és razão que comanda o coração, talvez.
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Olha para ti, de olhos fechados, sempre espreitando
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O mundo só teu. Viaja na emoção, por uma só vez
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E pesa, sem pesares, o castelo a edificar, o futuro.
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Depois, dá um passo, outro a seguir. Ergue o muro!
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Sentida, me enlevo, dividida.
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Devo? Sussurra, murmura ...
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Falando, talvez. Espreitando, por uma só vez
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O futuro, ergue o muro!
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Dama Teresa de Carvalhais e Mestre Carvalho Negral....
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sábado, 25 de outubro de 2008

O primeiro doutros que trarei

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A liberdade do sonho
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Serena idade, que me descansas a alma, de perdição,
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Como se a vida repousasse por momentos; a mágoa
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da vontade reprimida, em leves penas descola e voa.
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Nada me enleva, me toca, me sustenta a noite aberta
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à imagem que povoa o pensamento da mulher certa.
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Mulher que em mim habita, sem rodeios, o coração.
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Quero estar, sem cá ficar. Poder ser, sem tal querer.
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Partir do mundo, sem sair, com posses plenas e vazias.
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Viver o todo, pela parte do pedaço que é apenas um.
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Assim sorvendo o fumado amor carnudo, copo de rum
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Na cana proibida das horas esquecidas, negras e frias.
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Aí, nessa praça que é só minha, podes ficar, amar e ser.
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Mestre Carvalho Negral....
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terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Zé Milímetro

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Dum tempo ausente de concentrados de promotores de crescimento fácil, mas crestado no azeite doirado da frigideira, chegavam alguns moços peculiares, mais na forma que na veste, seja a que cobre o corpo ou daquela que fervilha no silêncio e faz avançar o mundo. Era o caso do mais espigado do grupo, vergado mesmo pelos ventos das entradas e dos carros feitos para miudinhos, que o obrigavam a assumir pose humilde, ainda que o espírito reclamasse dos trabalhos forçados que lhe atacam o espinhoso suporte da elevada postura.
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Carinhosamente apelidado de Milímetro, o Zé tinha, seguramente, mais uns bons 30 centímetros que qualquer outro, o que implicava, necessária e religiosamente, um molho de espirituosas observações, que transitavam das diferenças climáticas ou climatéricas, nos diversos níveis que frequentávamos, até às passadas que traziam velocidades díspares, em momentos atléticos mais ou menos formais.
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Mas o que melhor recordo centra-se nas duas extremidades que o Zé Milimetro ostentava, normalmente, com plena satisfação. O nariz, bem encorpado, que lhe trazia desconforto aquando da prática desportiva que melhor desempenhava, não por razões físicas, antes pelos ditos frequentes dos que com ele partilhavam essa actividade. Regularmente, um qualquer dizia-lhe, quando ele estava concentrado na tabela inimiga, para olhar para o outro lado ... para não ser apanhado no garrafão, na penalização dos 3 segundos. Que o avantajado apêndice estava sempre dentro dessa área restritiva!
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Mas não ficavam por aí, os piadéticos amigos que com ele conviviam; também os seus pés eram alvo constante de comentários, que volteavam entre a pesquisa no impossível número que vestiam e as notícias que davam conta da entrada de ... navios de grande porte na doca de Leixões, inesperados, mas que se justificavam por o Zé estar voltado para o mar, no momento em que se rezava a graça. Bons tempos estes, os do vinho que alimentava um milhão de portugueses.
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sábado, 5 de julho de 2008

Citar quem adoro, citar quem sabe ...

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O mar batia com força nas rochas, furioso,apesar dos raios de sol eu sentia-o triste como eu.
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Aquele banco em frente ao mar estava vazio, sozinho apesar da quantidade de pessoas que passavam.
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Nada estava igual.
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Não havia sorrisos, não havia nada, tudo era impessoal.
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Passei boa parte da tarde a olhar para o infinito à procura...
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Não encontrei, também não podia.
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Como me fazem falta as tardes da semana, cada bocadinho que passo...
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Hoje o mundo parecia desabar em cima de mim com toda a tristeza que sentia.
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Saber que se quer e não poder, não ter poder e tanto querer, faz sofrer, doer imenso, morrer intenso.
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terça-feira, 10 de junho de 2008

Verão que aí vamos, mesmo que não pareça nem lá cheguemos!

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Nuvens escuras, nuvens claras, céu limpo ou nem por isso. Mas para lá vamos ... acho eu!
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Do Grande e do Pequeno Amor

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Acabei de ler. Romance fotográfico, metade texto e metade fotografia, de Inês Pedrosa e Jorge Colombo, da Dom Quixote, conta a história de um casal, que se separa de vez, para voltar a reunir-se, a separar-se, a reunir-se ... .
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Considera a relação amorosa uma guerra, ou muitas batalhas duma guerra, ou espaços de armistício entre guerras ... não consegui entender exactamente como o Amor é, aqui, tratado.
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Nada que não me aconteça amiúde. Quer quanto ao que leio, volta e meia, quer no que respeita ao tratamento a dar ao Amor. Com uma certeza: para mim, na intimidade do meu ser, amar não é guerrear. Nunca foi, pelo menos.
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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Vamos ser exemplares ... mas não muito rigorosos!

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Cactos
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Esta é uma lista de géneros e espécies de cacto, plantas espinhentas e com talos suculentos pertencentes à família Cactaceae (consulte este artigo para as informações botânicas).
A família conta com 30-200 géneros, segundo o autor consultado, com 1000 espécies ou possivelmente 2000.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Já me tinham dito para não levar muito a sério esta "pédia". Mas encontrar tanta incerteza, para um assunto tão comesinho como os cactos (que são irritadiços e espinhentos, eu sei), não sabendo se há 30 ou 200 géneros, como se os valores em causa fossem próximos, ou atrever-se a afirmar que temos 1000 espécies ou (e gosto particularmente da forma cautelosa usada) possivelmente ... o dobro, é ter muita lata. Eu, cá para mim, acho que há 1 a 2 géneros de gatos (embora alguns possam não saber em qual se integram) e 20, ou se calhar 2873 espécies. E esta informação que vos deixo é tão precisa (até será mais, eu aponto para números mais credíveis, quando não arredondo o valor) como as que podemos encontrar na Wikipédia.
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Não precisam de agradecer a informação. É para isso que eu por cá ando, tá?
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sábado, 3 de maio de 2008

Peyton Place

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Em miúdo, lia de tudo. Passava horas a ler (sobretudo as nocturnas). Devorava livros. Em rigor, não lia, voava pelas palavras, em busca do fim. Os escritores americanos e russos eram os preferidos. Li Gorki, Tolstoi, Steinbeck, Falkner, Zola e Lampedusa. Mas também li Robbins, Wallace, para além dos policiais e de ficção científica, que adorava.
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Não me lembro da autora (acho que era uma) de Peyton Place e Regresso a Peyton Place.
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Lembro que a qualidade da escrita não era relevante. Mas tratava de algo que nos incendiava, literalmente.
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Para perceber melhor o que me mais entusiasmou, nesse tempo, pesquisei na Net, e encontrei isto:
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Hypocrisy, social inequities, and class privilege are recurring themes in a tale that includes incest, abortion, adultery, lust and murder. Peyton Place has become an expression used to describe any place with sordid secrets.
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Bom, se isto não é um caldinho de coisas boas, não sei o que será …
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Já agora, a referida autora (que a Net serve, também, para estas coisas):
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Grace Metalious (September 8, 1924February 25, 1964) was an American author, best known for the controversial novel Peyton Place.
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She was born into poverty and a broken home as Marie Grace de Repentigny in the mill town of Manchester, New Hampshire. Blessed with the gift of imagination, she was driven to write from an early age. After graduating from Manchester Central High School, she married George Metalious in 1943, became a housewife and mother, lived in near squalor — and continued to write.
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In 1956, she captured the attention of an editor with Peyton Place, which became publishing's second "blockbuster" (following Gone with the Wind in 1936). Reviled by the clergy and dismissed by most critics as "trash," it nevertheless remained on the New York Times bestseller list for more than a year and became an international phenomenon. The dark secrets of a small New England town made juicy reading for millions worldwide. Peyton Place appears to have been a combination of Gilmanton, New Hampshire, the village where she lived (and which resented notoriety), Laconia, New Hampshire, the only nearby town of comparable size to Peyton Place and site of Grace's favorite bar, and Alton, New Hampshire, the town where a few years previously a daughter had murdered her incestuous abusive father. Hollywood lost no time in cashing in on the book's success — a year after its publication, Peyton Place was a major box office hit.
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Metalious died of alcoholism on February 25, 1964. "If I had to do it over again," she once remarked, "it would be easier to be poor." She is buried in Smith Meeting House Cemetery in Gilmanton, New Hampshire.
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Se trago este livro à colação, neste momento, isso resulta do momento que vivo e da memória que me assalta. Mas a memória engana-nos tanto … Ah, e ler é um prazer ... indescritível!.
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domingo, 20 de abril de 2008

As coisas boas da vida

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A vida é uma espiral de sensações, sabores, sons e sentimentos. O bater do coração acompanha esta miríade de cores, já que cada tempo se associa à palete cromática do arco-íris.
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Num dado tempo, da imaturidade pujante, em que as emoções andam à solta, o que nos escapa é o que mais marca. Gostaríamos de aspirar tudo, testar todas as hipóteses, provar todos os sabores. Mas a juventude é, também, a idade do desperdício, do fogo fátuo, da esperança no futuro, que tem face de eternidade.
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Depois, com o tempo, vem a quietude, a serenidade, a vida conformada. Se, naquele tempo, as cores foram pinceladas em tons gritantes, agora são as calorosas que dominam, ocres matizados de sangue, oceanos tingidos de pele. Vive-se no tempo, sem tempo a contar, antes daquele em que a constante será a medida precisa do que se pode viver.
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Há, assim, um período mais frio a percorrer. A alvura das cãs não é perene, antes se cruza com prateados mais ou menos carregados e com noites despidas de luar. Sempre que a luz parece ser a constante, lá surge a negritude dolorosa a quebrar o mar de sal. Não será uma surpresa, nem inesperado, antes implica uma aceitação complacente, de quem sabe que a vida é assim mesmo.
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O que torna tudo bem mais interessante é o inesperado. Provavelmente, não no tempo das cores fortes; se acontecer, nem se notará. Mas nos calorosos tons da serenidade, quando a rotina marca o ritmo, o sabor será, necessariamente, delicioso. Mais ou menos apimentado, com alguma toxicidade, de risco marcado ou não; se movimenta a tranquilidade, agita a vida. E quando se apresenta no final do dia nublado, escurecido pela chuva que arrefece o corpo? No branco que se cruza com a noite? Quando se olha para trás, porque a memória domina? Ah, aqui é a vida que se renova. Pode ser sem o brilho do passado mas é a vida, sobretudo, sem o frio do presente.
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Uma coisa é certa - todos os momentos que nos fazem crescer, custam um pouco. No princípio, com valor marcado e constante. Depois, com custos controlados. No fim, com um preço elevado.
É a vida.
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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Domínio Público

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Recebi, pela 3ª ou 4ª vez, um mail que releva um site brasileiro de indiscutível utilidade. As obras que disponibiliza são, já, de domínio público, ou seja, não estão sujeitas a direitos de autor.
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Mais uma vez, abri um dos links do mail e fui dar a uma obra que faz parte da minha (boa) memória: o Auto da Barca do Inferno.
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Também se pesquisam autores, no site, como fiz com Gil Vicente.
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Estes meios electrónicos servem para isso e para mais isto - a partilha. Vou passar-vos a parte que mais gosto, desde aqueles tempos idos em que o teatro fazia parte das noites da televisão, ainda a preto e branco. Aqui vai ->
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Vem Joane, o Parvo, e diz ao Arrais do Inferno:
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PARVO Hou daquesta!
DIABO Quem é?
PARVO Eu soo.
É esta a naviarra nossa?
DIABO De quem?
PARVO Dos tolos.
DIABO Vossa.
Entra!
PARVO De pulo ou de voo?
Hou! Pesar de meu avô!
Soma, vim adoecer
e fui má-hora morrer,
e nela, pera mi só.
DIABO De que morreste?
PARVO De quê?
Samicas de caganeira.
DIABO De quê?
PARVO De caga merdeira!
Má rabugem que te dê!
DIABO Entra! Põe aqui o pé!
PARVO Houlá! Nom tombe o zambuco!
DIABO Entra, tolaço eunuco,
que se nos vai a maré!
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PARVO Aguardai, aguardai, houlá!
E onde havemos nós d'ir ter?
DIABO Ao porto de Lucifer.
PARVO Ha-á-a...
DIABO Ò Inferno! Entra cá!
PARVO Ò Inferno?... Eramá...
Hiu! Hiu! Barca do cornudo.
Pêro Vinagre, beiçudo,
rachador d'Alverca, huhá!
Sapateiro da Candosa!
Antrecosto de carrapato!
Hiu! Hiu! Caga no sapato,
filho da grande aleivosa!
Tua mulher é tinhosa
e há-de parir um sapo
chantado no guardanapo!
Neto de cagarrinhosa!
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Furta cebolas! Hiu! Hiu!
Excomungado nas erguejas!
Burrela, cornudo sejas!
Toma o pão que te caiu!
A mulher que te fugiu
per'a Ilha da Madeira!
Cornudo atá mangueira,
toma o pão que te caiu!
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Hiu! Hiu! Lanço-te üa pulha!
Dê-dê! Pica nàquela!
Hump! Hump! Caga na vela!
Hio, cabeça de grulha!
Perna de cigarra velha,
caganita de coelha,
pelourinho da Pampulha!
Mija n'agulha, mija n'agulha!
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Chega o Parvo ao batel do Anjo e diz:
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PARVO Hou da barca!
ANJO Que me queres?
PARVO Queres-me passar além?
ANJO Quem és tu?
PARVO Samica alguém.
ANJO Tu passarás, se quiseres;
porque em todos teus fazeres
per malícia nom erraste.
Tua simpreza t'abaste
pera gozar dos prazeres.
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Espera entanto per i:
veremos se vem alguém,
merecedor de tal bem,
que deva de entrar aqui.
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sábado, 5 de abril de 2008

Abril caliente

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Um dia sereno ...
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Um ou dois bons livros ...
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Uma paisagem com enquadramento perfeito ...

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E a água salgada nos pés!
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É preciso mais alguma coisa para um tempo perfeito?
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segunda-feira, 31 de março de 2008

Porque será?

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Não gosto de abusar. Quando sinto que estou a fazê-lo, procuro parar e deixar-me disso. Ora, nesta coisa dos blogues é fácil abusar, nem é preciso muito ...
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Gosto duma musiquinha. Por ter esse prazer, vou colocando aqui uma ou outra. Nesta fase de muito trabalho, em que o tempo escasseia, tenho recorrido demasiado a esta fórmula.
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Mas não vou sem mais nada. Procurei um video-clip durante muito tempo (não tinha nome da música nem da banda), que me batia na memória, e só agora consegui encontrá-lo. Não é o primeiro que aqui publico - este é só para aquecer os ânimos ...
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É este, que agora vos mostro. Não sei porquê, mas fiquei com ele gravado, depois que o vi. Não sei muito bem porquê, ficou-me ...
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... porque será?
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sábado, 29 de março de 2008

Timbaland

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Com provecta idade, podia ficar pelo meu tempo (que expressão!) e não ligar nenhuma à modernidade dos sons harmoniosos. Mas é mais forte do que eu (ou são os meus filhos mais fortes que eu) e fico assombrado pela capacidade e talento de alguns (poucos) que teimam em fazer-nos felizes ... Timbaland nasceu. Salvé Timbaland.
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Timbaland - The Way I Are
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OneRepublic feat. Timbaland - Apologize

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Timbaland - Give It To Me OFFICIAL MUSIC VIDEO
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E façam o favor de ser felizes!
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sexta-feira, 28 de março de 2008

O futuro está aí

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Esta questão do fim do divórcio litigioso mexeu comigo. Se trato a questão de modo racional, se analiso as razões subjacentes à medida (Ideia? Projecto? Proposta? Decisão?), concordo de imediato. Numa relação a dois, se um não está interessado em mantê-la, porque diabo deveria essa relação continuar? Só se o objectivo é infernizar a vida daquele que já não quer continuar nela ….
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Mas as coisas não são assim tão lineares. Quando crescemos formatados por um modo de viver, a hipótese de o perdermos é sempre dolorosa – ainda que esse modo seja arcaico, desconfortável ou mesmo irracional.
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Num plano próximo, temos e sentimos a importância dos instrumentos que usámos sempre. Para os jovens, a vida é televisão, Playstation, computador e Internet. Afirmar que já vivemos num tempo sem estas coisas só lhes consegue arrancar um sorriso depreciativo, de quem não acredita nessa possibilidade ou manifesta uma genuína tristeza pela pobreza experimentada pelos mais velhos. Não estão disponíveis para aceitar que tal ocorreu, quanto mais acreditar que fomos felizes nessas condições!
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Mas voltemos ao assunto, que reside mais na sua origem primeira que nele mesmo. Por causa da hipótese cada vez mais concreta de o divórcio se simplificar extraordinariamente (diz-se, por aí, que até ao fim do mês de Abril a culpa deixará de ser uma das mais importantes razões para o divórcio), por também ter sido divulgado o site do “Divórcio na hora”, reparei que a questão central se prende com o casamento e não com a forma como vamos acabar com ele.
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O casamento, como forma principal de vida comum, é uma instituição que perdura há imenso tempo, secular mesmo (tendo assumido pouca importância antes do advento e desenvolvimento das religiões unitárias).
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No entanto, de há menos de 100 anos para cá, as mudanças foram tantas, no matrimónio, que dificilmente ele se manteria imaculadamente cristalizado. Basta reparar na evolução que sofreu desde meados do século XX. Até aí, com o mundo fechado na Europa, os casamentos eram de interesse, de conveniência. Dois exemplos marcantes são os casamentos de Estado (os monarcas a casar em função dos desígnios dos homens fortes do reino para manter, alterar ou desfazer uma aliança, mais ou menos duradoura, com uma qualquer potência estrangeira) e os casamentos de interesse social (para manutenção do status quo, dos estilos de vida, para sobreviver, em última análise, num mundo fechado e contrário à mudança social relevante).
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Com o aparecimento das civilizações novas ou desconhecidas, pujantes e algo anárquicas, naturalmente colonizadoras e reprodutoras da sua cultura (mesmo que dotadas de características democráticas, como é o caso da norte-americana), o casamento derivou para uma área pouco conhecida, sobretudo nas razões que levam à decisão de vida marital: os afectos. Podiam surgir, nos casamentos do passado, mas por força do andar do tempo, da adequada convivência entre o casal, ou no aparecimento dum qualquer estranho que, ao se aproximar em demasia, desatava aquele nó, muitas vezes trazendo drama, tragédia, mesmo morte.
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A verdade, nua e crua, é que o casamento passou a suportar-se em amor, ao mesmo tempo que se libertou (como toda a vida social) do jugo religioso. À religião coube a primeira resposta – dada com rapidez e eficácia. O amor passou a ser sua a pedra de toque, com isso mantendo o domínio dos cordelinhos, tecidos por outros.
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Já a lei, a ordenação e organização da vida das pessoas e, sobretudo, da família, nunca souberam tratar do assunto muito bem. Por muito tempo, a estratégia foi permitir a auto-regulação, ou seja, de alguma forma, manter a tutela religiosa. Mais tarde, a proliferação de normas só complicou a vida das pessoas. De tal forma, que o casamento se mantinha em condições inacreditáveis, com enorme sofrimento para todos os interessados. Até as crianças entraram (e ainda entram) neste jogo perverso, com todas as consequências que sabemos e sentimos.
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Vivemos o tempo do casamento dos afectos. Os afectos são o seu motor, essencialmente a sua cola. Se faltam os afectos ….
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Ainda assim, quando me casei, a ideia do casamento para a vida dominava. Na minha cabeça, no meu ser e, naturalmente, no meu coração, o casamento é, ainda, para a vida. Outra noção confunde-me. Se calhar, por isso, os meus afectos também andarão formatados!
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Penso, ainda que algo surpreendido, que uma ideia ridicularizada nos dias que correm dominará a vida social, em pouco tempo: a do casamento a prazo, renovável e denunciável a todo o tempo. Nessa altura, o divórcio será um facto histórico e curioso, estudado apenas por alguns.
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quinta-feira, 27 de março de 2008

Respirar para recomeçar

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Acabada a 1ª parte da lufa-lufa, volto ao Youtube e à canção francesa. Agora, um clássico, para temperar o gosto. Ainda que não sejamos amantes, canções como esta, no mínimo, inspiram.
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Senhoras e Senhores, convosco CHARLES AZNAVOUR - La B o h e m e:
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sexta-feira, 21 de março de 2008

Regresso ao Youtube

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Se os blogues são a mais recente e vigorosa forma da prática potenciada de expressão democrática, libertária e cívica, o Youtube é o meio mais oportuno para conhecer e divulgar tudo.
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Desta feita, debruço-me e apresento-vos uma canção francesa, de tipo mais levezinho.
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Aqui vai:
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sexta-feira, 7 de março de 2008

Teste de vocabulário

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Porque tenho a mania que sei muito, fez-me bem o resultado. Mesmo assim, safei-me razoavelmente. Acho eu.
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Teste de vocabulário que fiz, na net:
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Em 30, falhei 7, o que me deixou triste, até verificar onde falhei. Aqui vão os falhanços:
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12. Disfagia - do Gr. dys, mal + phag, r. de phagein, comer, s. f., dificuldade em engolir.
13. Empáfia - s. f., ênfase; altivez; arrogância; orgulho vão.
15. Enxu - s. f., (Brasil), vespa da família dos vespídeos; s. m., casa ou colmeia desta vespa.
18. Grilagem - s. f., (Brasil), sistema utilizado pelos grileiros. grileiro - s. m., (Brasil), agente ou advogado que legaliza propriedades territoriais com títulos falsos.
19. Hálux - do Lat. hallux, s.m., (Anat.), o dedo grande do pé; halo. (Zool.), dedo posterior da pata das aves.
28. Pitoresco - do It. pittoresco, adj., próprio para ser pintado; pictórico; pinturesco; (fig.), agradável, ameno; recreativo; original; s. m., o que é pitoresco.
29. Placebo - do Lat. placebo, de placere, agradar, s. m., (Med.), substância neutra (sem qualquer efeito farmacológico) por vezes prescrita para levar o doente a experimentar alívio dos sintomas pelo simples facto de acreditar nas propriedades terapêuticas do produto.
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Só me custa o 28, que escolhi como hipótese correcta algo do género: rural, campestre. Enfim.
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E o resultado foi ...
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23 ponto(s) = excelente vocabulário Parabéns! Você está acima da média e prova com isso que é uma pessoa amante da literatura e que domina muito bem a língua portuguesa. Pessoas como você se expressam bem em qualquer meio e não têm praticamente dificuldade alguma em entender textos considerados eruditos. Continue praticando. Quem sabe um dia você não se torna um filólogo?
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E vejam lá se se lembram de agradecer a ajuda acima, com aquelas palavras "portuguesas" ... PFFFF.

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Agora, uma coisa completamente diferente ...

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Oh meus amigos! Esperavam uma coisa séria, é? Nem pensem. Estamos todos (moi aussi) a ficar passados com o trabalhinho. Precisamos respirar. Sair desta rotina infernal.
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Assim sendo, aqui vai um desafio "descubra quem é esta personagem". A quem acertar durante o dia 28 de Fevereiro de 2008, ofereço: uma garrafa de vinho tinto e duas alheiras (simpático patrocínio do Oliveira Rio), um beijo sensual (não meu, claro, mas da R. e do R., que já se mostraram disponíveis e são encantadores), um lugar na plateia do próximo combate MLR vs. Professores, em Lisboa (não consta que o factor casa seja abandonado pela tutela, tão cedo) e um pacote de vinil do vaimanticoravem (ela não sabe, mas também ninguém quer aquele monte de trastes para nada).
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Ah, em tempo: os habituais frequentadores deste blogue podem concorrer, mas não levam prémio - conhecem demasiado bem o autor e estão em vantagem desleal (expectativa, como diria a brasuca).
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Prontos? (Não é a fórmula para acabar uma conversa, é só para saber se podemos passar aos finalmente).
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Aqui está: quem é este??? (Não tenho autorização do autor, mas ele perdoa-me, quando souber que vão ser milhares a concorrer - melhor divulgação da arte da caricatura é impossível, né?)
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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Os termos próximos, mais uma vez

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Premissa: o que eu aqui escrevo não resulta de qualquer pesquisa feita. Li, não sei onde, que essa coisa de fazer pesquisa era uma mariquice. Ora, eu não me considero mariquinhas. Também, convenhamos, para estas divagações, não preciso de fazer isso.
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Hoje viro-me para os idiotas, os estúpidos e os cretinos. Pensava que eram cada vez menos, mas mudei de opinião. Desde há uns tempos que os vejo crescer, em número e em obras. Basta apreciar a produção legislativa mais recente. Eles andam aí ...
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Os idiotas sabem pouco, e o pouco que sabem não lhes faz grande jeito. Elaboram coisas simples e sem nexo. Não fazem ideia do que estão a fazer - não sabem, sequer, se vai ser bom ou mau, útil ou inútil, adequado ou nem por isso. Fazem porque lhes disseram para fazer. Está feito. Agora, há que passar para outra coisa qualquer. A anterior já está esquecida. Um bom exemplo está no combate à corrupção. Fazem uma lei em que se determina que, no final do mandato, se deve ver como estão os rendimentos dos políticos. Isso chega. É idiota pensar assim, mas não há nada a fazer. Ou a análise feita ao financiamento da Somague ao PSD. Aconteceu. Temos que nos preocupar em evitar que aconteça de novo. Que parte? Ora, o ficarmos a saber que aconteceu. O melhor era ninguém saber. Se calhar, uma auditoria ao que aconteceu em 2002 resolve. Vamos a isso. Percebem o que quero dizer? Idiotas!
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Os estúpidos podem ser tão ignorantes como os idiotas, mas não são tão básicos. Normalmente, quando fazem uma estupidez (que é o que os estúpidos fazem), tomam conhecimento disso. Até dizem: que estupidez! Mas há uma particularidade nos estúpidos actuais. Antigamente, quando se fazia uma estupidez, isso não era motivo de orgulho nem a estupidez feita era para manter. Agora, é. Por exemplo, quem decidiu que, para combater o absentismo dos Alunos nas Escolas, uma prova de recuperação (exame) no regresso às aulas era a solução, agiu estupidamente. Já deve ter visto a estupidez. Mas agrada-lhe. Já agora, vamos lá ver como isto vai ser, na prática. depois de ver, faz uma de duas coisas: mantém tudo, se isso não o afectar muito, muda no caso contrário. Não pela estupidez, antes pelo que vai sofrer.
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Os cretinos são mais refinados. Sabem muito, podem agir bem, mas preferem não o fazer. Actuam erradamente por convicção. Por vezes, nem notam a cretinice que fazem, mas só porque estão distraídos. Mas, na maior parte dos casos, fazem-no com orgulho. Até sorriem. Dizem, com um ar de satisfação: isto não tem pés nem cabeça, mas vai ser uma reinação! Não consigo arranjar exemplos para esta realidade. Não por não existirem. Pelo contrário. São tantas as medidas, os actos cretinos, que destacar um seria uma injustiça para os restantes. E uma cretinice. Coisa que eu (ainda) não faço. Mas daqui a algum tempo ....
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sábado, 16 de fevereiro de 2008

Os 3 exércitos que, afinal, foram 4 ... ou 5!

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Cerco. Onde anda o Kilas? A Alice ... mas faltam, sobretudo, o Zé Fernando e o Tito. Apesar de tudo.
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Valbom. Estão, sem dúvida. Ficarão?
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Maia. Entre outros, gostava de ver o Zé Carlos Lopes, o Francisco Gomes, a João. Apesar de tudo. Que é feito da lourita?
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Amigos. Afonso, que é feito de ti, agora que te reencontrei? Coelho da Costa, Zé D'Almeida, Dino, Madruga (ah comuna!), Miro, Rosa (manteiiiiiga), Rosa (com música), Kris, Dora, Luísa com sotaque, Alface, Abreu e Heliotrope. Pfff. É melhor ficar por aqui. Ainda refiro o Umbelino, o Roriz, a Maria ou o Artur. Harg!!!!
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E Família. A listagem dos que não estiveram é interminável. Mas falta, falta, senti daqueles que já cá não estão. Saudades, né?
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Todos no mesmo tempo, espaço, sentimento e compasso. Obrigado.
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Lugares e sentimentos

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São lugares próximos entre si, que foram do meu contentamento por razões diversas, mas que acalentam a minha memória. de criança e de adulto, de jovem e de velho.
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Se olhada com atenção, a próxima mostra uma capelinha, lá no alto. Se ampliada, é mais sensível que visível, bem no meio da linha do horizonte. É da Sra. do Viso (ou Vizo, como se escrevia). Doces evocações ...
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E lugar onde est'outra foi disparada, abraçando um mundo de felicidade, que os meus textos vão perdurando. Logo depois de Caçarilhe e Ourilhe, aparece, longe, longe, Celorico, a minha terra mãe.
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Só me falta o regresso, que se afigura longínquo. Pela (falta de) oportunidade, só isso.
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