Só agora comecei a escrever. Se outra vantagem não houvesse, esta particular forma de comunicar lembra a carta e, sobretudo, o postal do século passado. É engraçado como esta frase se tornou adequada – o século passado está, já, tão distante … tanto quanto o 5 de Outubro de 1910, para os da minha geração. E só passaram meia dúzia de anos ….
Escrever com este cuidado, só agora aconteceu. O que significa que, antes, não era escrita, o que produzia. Era assim uma espécie de obrigação, como quem responde a perguntas, para não se excluir. Escrevia (se era isso) para cumprir com deveres. Sobretudo profissionais.
Aprecio Samarago e entendo a sua postura quanto à dependência da escrita face ao que se tem para dizer e a quem se destina essa mensagem. Tirando o exagero, concordo com a ideia de parar de escrever quando nada temos para dizer ou, tendo algo para transmitir, quando não temos destinatário. O exagero só é perceptível em situações marginais, de génio, como em Pessoa, que não precisa de público - ele próprio, ou as suas múltiplas personalidades, serão suficientes, e as Margaridas do nosso tempo, que descobriram o filão do vácuo, preenchido com a sonoridade das palavras encantadoras.
Isto vem a propósito da forma como respondemos ao voraz apetite dos blogs, e do nosso em particular. A regularidade é essencial. Não exactamente a cronológica, será mais a das expectativas. Mas não pode passar muito tempo sem uma nova publicação. O que nos leva à questão do que temos para dizer. Porque descobri as histórias da vida que me envolveu, no passado, encontrei uma temática que tem sido bem acolhida. O que me conduz aos destinatários. Porque são poucos, não os posso perder. Esta pressão é danada!
Já agora, o que me alimenta não é o que produzo, nem aqueles a quem atinjo, porque não os equaciono quando me lanço na aventura. Mas a resposta, singular ou partilhada, é decisiva.
Sou frequentador assíduo de meia dúzia de espaços deste tipo, onde deixo, muitas vezes, um pequeno comentário. Pode ser que os outros sejam como eu, pode acontecer que esse pequeno gesto seja o dínamo da continuidade. No entanto, concordo com aqueles que me dizem ser necessário ir um pouco mais além. E estou a matutar nisso.
Já agora, um destes dias vou-vos contar dois episódios do meu passado, um ligado ao Carvalho, o outro à minha felicíssima juventude. Mas não hoje. E, reparem, que o prometo como se fosse uma grande novidade! Manias!
Escrever com este cuidado, só agora aconteceu. O que significa que, antes, não era escrita, o que produzia. Era assim uma espécie de obrigação, como quem responde a perguntas, para não se excluir. Escrevia (se era isso) para cumprir com deveres. Sobretudo profissionais.
Aprecio Samarago e entendo a sua postura quanto à dependência da escrita face ao que se tem para dizer e a quem se destina essa mensagem. Tirando o exagero, concordo com a ideia de parar de escrever quando nada temos para dizer ou, tendo algo para transmitir, quando não temos destinatário. O exagero só é perceptível em situações marginais, de génio, como em Pessoa, que não precisa de público - ele próprio, ou as suas múltiplas personalidades, serão suficientes, e as Margaridas do nosso tempo, que descobriram o filão do vácuo, preenchido com a sonoridade das palavras encantadoras.
Isto vem a propósito da forma como respondemos ao voraz apetite dos blogs, e do nosso em particular. A regularidade é essencial. Não exactamente a cronológica, será mais a das expectativas. Mas não pode passar muito tempo sem uma nova publicação. O que nos leva à questão do que temos para dizer. Porque descobri as histórias da vida que me envolveu, no passado, encontrei uma temática que tem sido bem acolhida. O que me conduz aos destinatários. Porque são poucos, não os posso perder. Esta pressão é danada!
Já agora, o que me alimenta não é o que produzo, nem aqueles a quem atinjo, porque não os equaciono quando me lanço na aventura. Mas a resposta, singular ou partilhada, é decisiva.
Sou frequentador assíduo de meia dúzia de espaços deste tipo, onde deixo, muitas vezes, um pequeno comentário. Pode ser que os outros sejam como eu, pode acontecer que esse pequeno gesto seja o dínamo da continuidade. No entanto, concordo com aqueles que me dizem ser necessário ir um pouco mais além. E estou a matutar nisso.
Já agora, um destes dias vou-vos contar dois episódios do meu passado, um ligado ao Carvalho, o outro à minha felicíssima juventude. Mas não hoje. E, reparem, que o prometo como se fosse uma grande novidade! Manias!
Sem comentários:
Enviar um comentário