sábado, 23 de fevereiro de 2008

Os termos próximos, mais uma vez

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Premissa: o que eu aqui escrevo não resulta de qualquer pesquisa feita. Li, não sei onde, que essa coisa de fazer pesquisa era uma mariquice. Ora, eu não me considero mariquinhas. Também, convenhamos, para estas divagações, não preciso de fazer isso.
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Hoje viro-me para os idiotas, os estúpidos e os cretinos. Pensava que eram cada vez menos, mas mudei de opinião. Desde há uns tempos que os vejo crescer, em número e em obras. Basta apreciar a produção legislativa mais recente. Eles andam aí ...
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Os idiotas sabem pouco, e o pouco que sabem não lhes faz grande jeito. Elaboram coisas simples e sem nexo. Não fazem ideia do que estão a fazer - não sabem, sequer, se vai ser bom ou mau, útil ou inútil, adequado ou nem por isso. Fazem porque lhes disseram para fazer. Está feito. Agora, há que passar para outra coisa qualquer. A anterior já está esquecida. Um bom exemplo está no combate à corrupção. Fazem uma lei em que se determina que, no final do mandato, se deve ver como estão os rendimentos dos políticos. Isso chega. É idiota pensar assim, mas não há nada a fazer. Ou a análise feita ao financiamento da Somague ao PSD. Aconteceu. Temos que nos preocupar em evitar que aconteça de novo. Que parte? Ora, o ficarmos a saber que aconteceu. O melhor era ninguém saber. Se calhar, uma auditoria ao que aconteceu em 2002 resolve. Vamos a isso. Percebem o que quero dizer? Idiotas!
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Os estúpidos podem ser tão ignorantes como os idiotas, mas não são tão básicos. Normalmente, quando fazem uma estupidez (que é o que os estúpidos fazem), tomam conhecimento disso. Até dizem: que estupidez! Mas há uma particularidade nos estúpidos actuais. Antigamente, quando se fazia uma estupidez, isso não era motivo de orgulho nem a estupidez feita era para manter. Agora, é. Por exemplo, quem decidiu que, para combater o absentismo dos Alunos nas Escolas, uma prova de recuperação (exame) no regresso às aulas era a solução, agiu estupidamente. Já deve ter visto a estupidez. Mas agrada-lhe. Já agora, vamos lá ver como isto vai ser, na prática. depois de ver, faz uma de duas coisas: mantém tudo, se isso não o afectar muito, muda no caso contrário. Não pela estupidez, antes pelo que vai sofrer.
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Os cretinos são mais refinados. Sabem muito, podem agir bem, mas preferem não o fazer. Actuam erradamente por convicção. Por vezes, nem notam a cretinice que fazem, mas só porque estão distraídos. Mas, na maior parte dos casos, fazem-no com orgulho. Até sorriem. Dizem, com um ar de satisfação: isto não tem pés nem cabeça, mas vai ser uma reinação! Não consigo arranjar exemplos para esta realidade. Não por não existirem. Pelo contrário. São tantas as medidas, os actos cretinos, que destacar um seria uma injustiça para os restantes. E uma cretinice. Coisa que eu (ainda) não faço. Mas daqui a algum tempo ....
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