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Vem a noite, sorrateira, vem cansada.
Vem a noiva, um polícia, um gato negro,
cada um por sua vez, como num quadro
desenhado por mão leve e repousada.
Nuvens deslizam, desmaiadas e barrentas
na luz cálida, sensatamente calada
que se move como as vidas, curtas, lentas,
numa curva da avenida larga e fechada.
As paredes, descoradas, são tristezas
que aí estão, sem apelo. Já as mesas,
que pontilham as praças deslumbrantes,
São esgares de pontadas lancinantes.
No negro colorido do sofrido querer
que a alma arrasta neste mundo de perder,
todos se sentem assim, quase a morrer.
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Mestre Carvalho Negral....
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