terça-feira, 12 de julho de 2011

De passagem ...

sem nada para dizer. Ciao.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

De regresso

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É tempo de voltar. Com calma. E com as imagens dos locais que me aquecem a memória e o coração.
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Boavista, Gémeos, Celorico de Basto
A parte antiga da casa onde cresci - o Lagar e a Corte, com o Tear por cima.
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Da Senhora do Viso (ou Vizo, num classicismo moribundo) alcança-se o mundo
e a Senhora da Graça menos imponente, achada sob o horizonte.
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Senhora da Graça, que se estende em ondas de relevo
no que mora para lá do bilhete postal.
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Sobejam as Fisgas, nascidas num Ermelo
que, de algum modo, fugiu das cordilheiras que separam europeus nada periféricos.
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Mais uma vez, se não ficarmos presos ao notório e buscarmos algo mais, muitíssimo mais encontraremos
... ainda que nas mesmas Fisgas.
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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Descansar nas pausas

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Primeiro, desligar o rádio, à esquerda. Depois, ligar o vídeo. No final, ligar de novo o rádio, que a música é boa ...
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domingo, 18 de janeiro de 2009

Os papéis sociais e a forma como os desempenhamos

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A vida é um palco, onde todos assumimos vestes diferentes, conforme o local, o tempo e as circunstâncias que nos rodeiam.
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Não é novidade nenhuma. Não agimos sempre da mesma forma, nem sequer somos sempre os mesmos, quer falemos de momentos, quer de contextos distintos.
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Aquilo que fui não sou, e não só pelas capacidades ou experiências vividas, entretanto. O que me entusiasmou no passado agora é, muitas vezes, apenas tolerado, quando não odiado.
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O contrário também é verdade. Basta ver como encaro, hoje, alguns tipos de comida, que antes abominava.
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O que faço em casa não é como me comporto no trabalho e a forma como estou com amigos diverge das duas antes referidas.
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Uma coisa é certa: se considerarmos as duas perspectivas interligadas, então mais se nota a diferença.
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Olho com serenidade para os mais novos e para a sofreguidão com que, por vezes, actuam. Tolero os seus exageros, ainda que me afectem. Sei que são fruto do que sentem. Falta-lhes visão superior, não por estarem em plano inferior, mas por lhes faltar um ou outro degrau de aprendizagem que já subi. Por isso os aceito, como são.
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A forma como se lê a vida tem muito a ver com esta condição: o papel que desempenhamos é tanto mais conseguido quanto mais vivemos, se vivemos a aprender. Só os que não aprendem não mudam na vida e, por isso, actuam sempre da mesma forma.
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Dois papéis onde se sente mais esta concepção: o sindicalismo e a magistratura, onde o tempo promove mudanças profundas nos agentes.
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Duas consequências desta visão da vida: não seremos amanhã como somos hoje e, para muitos, demasiados se calhar, a forma como julgamos os poderosos não tem que ser, amanhã, como foi ontem. Mas lá que a história pode ser madrasta para esta teoria, pode. Basta esperar algum tempo para ver.
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A minha boa acção do ano

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Não sei se fiz já o que era preciso para receber a prenda de Natal.

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Não reencaminhei mails divulgando crianças desaparecidas, ou somando para as que sofrem de doença terminal, ou para mostrar o quanto gosto dos meus amigos. Ouvi dizer que não fazer seguir a pirâmide não era, forçosamente, uma boa acção.

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Não dei em peditório, só para aquela associação de cegos em que a miúda me pediu tempo e só cobrou no final, quando eu já não podia dizer que não. também parece que assim não vale ou, se valer, o facto de eu dizer cegos estraga tudo. Deveria ter dito invisuais (embora me soe a gente sem olhos mais do que a cegos. Enfim.), mas sou doutro tempo ...

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Não fui (nada) simpático com os vendedores por telefone. Tratei-os mal, sem consideração pela nobre profissão que desempenham. Mas também aqui parece que pode ser errado tratar mal quem nos incomoda sistematicamente.

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Acredito mais depressa no Pai Natal que nas promessas dos eleitos. Também aqui parece que não fiz grande coisa!

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Bom, por força desta minha indecisão quanto ao que (não) fiz, vou tratar mal uma tradição que é parva. Não por ser tradição, mas por ser parva. Embora o vídeo não seja uma coisa do outro mundo, serve. Não sendo um fundamentalista, acho que esta tradição deve perder-se nos confins da memória ... escrita.

E tenham um santo e indolor Natal. São desejos sinceros, para garantia da prenda.

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Coisas do tempo ps, perdão, presente

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Tenho uma das minhas afilhadas internada num hospital central, da segunda maior área metropolitana do país. Todos os dias lhe levamos alguma coisa: uma televisão, porque as do hospital não funcionam; papel higiénico, porque não há esse luxuoso bem, regularmente; mais um casaco, umas meias e umas luvas porque (pasme-se!) não há aquecimento, dizem os funcionários que a caldeira não chega ao 5º andar. Ah, para quem precise saber e possa evitar - falo do Hospital Central de Vila Nova de Gaia (o do centro da cidade, não o Santos Silva).
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Portanto e para acabar - pode não haver muito dinheiro, pode ser difícil trabalhar nestas condições, pode até faltar algum amor e carinho - mas não se queixem muito deste Natal, está bem?
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domingo, 7 de dezembro de 2008

Ele há dias ...

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Mesmo em dias cinzentos, húmidos e frios, este rio (Douro), seja no leito, nas suas margens ou no todo, é uma (excepcionalmente bela) força da natureza que (ainda) não conseguimos beliscar!
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O meu rio é Douro

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À sua sombra, feliz, cresci, com a sua cor m'encantei.
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Douro veste o entre-margens, pranteado de raça e lei.
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Quem um dia o beijou entende,
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mesmo à entrada do cabedelo,
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que só prova amor perene
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o que o amarra, sem tê-lo.
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domingo, 30 de novembro de 2008

Para quem ama o desporto .. e a ginástica em particular

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Há uns tempos, coloquei aqui um vídeo duma ginasta que tinha atingido um nível de excepção. Coloquei-a ao lado de Michael Jordan, no topo. Não sei se fui justo. Há outras que merecem destaque. Reparem bem nesta que vos deixo. Se a Nádia se comparava a Jordan, então Olga Korbut estará ao nível de Wilt Chamberlain. E vou ter de procurar quem se assemelhe a Kareem Abdul-Jabbar ...
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Para começar, o tal Wilt. Diz-se que concretizava 199 em 200 lançamentos, nos treinos, porque não gostava de fazer "200 por cento". Era um poste excepcional, que vi, em miúdo, em filme projectado em tela, no clube onde joguei (F. C. de Gaia). No final da sua carreira fez um contrato milionário para jogar ... 5 minutos em cada uma das duas partes que o jogo, então, tinha. Mesmo jogando só este "tempinho", fazia toda a diferença:
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Mas esta Olga, meu Deus, que espanto! Apetece dizer, boa e velha CCCP (ou URSS, como quiserem)!
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Claro que Elvis Costello dá uma boa ajuda, com "She", não?
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mais Haicais

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Os Haicais são poemas de três versos que, no rigor das regras originais, devem ter 17 sílabas, cinco no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro. São reportados no presente e normalmente enquadram, para além dos sentimentos, a natureza nas estações do ano. Aliás, a sua organização básica assenta nas quatro estações, acrescidas do Natal.
Mas é normal e aceitável que estas regras não sejam adoptadas pelos bárbaros estrangeiros, que os tomaram como seus (ou seja, nós, os ocidentais). Importa manter, isso sim, o uso curto da palavra e a estrutura geral.
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Depois de um primeiro assomo, sem transpiração, eis outro, mais trabalhado.
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Todas as noites do ano
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Na longa madrugada,
resta no leito uma confortável quentura.
É a da soma dos corpos.
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Ralos trauteiam canções
que nos embalam no sono dos sonhos,
até o silêncio acordar.
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Leve lençol nos afaga.
O toque mais afasta que demanda
a companhia prezada.
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As castanhas desassossegam
as vontades adormecidas, repousadas, serenas.
Assim Eros se alimenta.
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